segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Bolinhos de arroz, minha versão assada.


Estava lendo o post da minha amiga Nana (Manga com Pimenta) sobre bolinhos de arroz, algo que acho que muitas pessoas conhecem e fazem. É uma coisa legal, porque podemos reaproveitar o arroz que sobrou e fazer algo diferente, já que esquentar arroz não faz com que ele fique, digamos, agradável. Os da minha avó eram imbatíveis, mas tem um detalhe que me impede de comer bolinhos de arroz: eles me dão dor de cabeça. Não sei, isso começou lá pelos 20 e poucos anos e até hoje se como mais de um (difícil não comer o segundo ou terceiro) a danada vem com tudo. Eu adoro esses bolinhos, mas além do problema da dor, há o fato da fritura, que não os torna os mais saudáveis. Então pensei cá com meus botões, "será que se eu assar dá certo?" E dá....
Que bom, esse posso comer sossegada, quer dizer, nem tanto, ele não deixa de ser calórico, só fica um pouco mais leve. Mas óbvio, a textura é diferente e o sabor muda um pouco, afinal essa é uma das funções da gordura, dar sabor ao alimento, então tem que ser bem temperado. A Helô que não gostou muito..."é, prefiro frito...", eu também, ora, mas antes esse que nenhum. Um amigo veio almoçar em casa e não comeu pensando que eram cookies, hahaha, vê se vou fazer cookies e colocar na mesa do almoço, que comédia...

Bolinhos de Arroz Assados

Ingredientes:
2 xícaras (chá) de arroz cozido
1 colher (sopa) de queijo parmesão ralado
1 ovo
1/4 xícara (chá) de leite
Sal, pimenta, salsa e cebolinha a gosto
1 colher (sobremesa) de shoyu
1 colher (sopa) de amido de milho
1 colher (chá) de fermento químico
Farinha de trigo o quanto baste
Óleo para untar a forma
Farinha de trigo para polvilhar

Preparo: Misture todos os ingredientes, deixando por último a farinha de trigo. Vá colocando a farinha aos poucos, até dar o ponto (deve ficar como um creme firme, mas não duro, você deve conseguir pegar na colher e a massa deve escorregar dela, mas de uma vez só). Colocar às colheradas, com uma distância entre os bolinhos, na forma untada e enfarinhada e levar ao forno 180ºC, pré-aquecido, até ficar levemente dourado. Sirva a seguir.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Nem só de modernidades vive uma cozinha...

Comecei a organizar os armários de cozinha essa semana (ainda não acabei, por que fui inventar isso!!!), colocando coisas em uso, tirando outras, aquelas limpezas que fazemos no fim do ano.... sei lá se todo mundo faz isso, mas em casa era regra, mês de dezembro era a época de limpeza pro Natal. A minha avó fazia e botava a gente prá fazer uma super limpeza em casa, daquelas de mexer em guarda-roupa (inclusive arrastar o dito cujo prá limpar atrás), limpar paredes, nossa era um caos. E passávamos o mês limpando a casa, que trabalheira! Aí chegava o Natal e sujavam tudo em 2 dias. É o tipo de coisa que não dá prá entender mas, enfim, era tradição. Eu acabei herdando contra vontade esse raio dessa mania e faço a mesma coisa em casa, acho que acaba se relacionando com um desejo de renovação, de mudanças para o novo ano. O fato é: como guardamos coisas ao longo da vida... tantos papéis, cacarecos, é muita coisa. Vi uma vez uma pesquisa que dizia que cada pessoa possui, em média, 4000 objetos. Eu acho que só na cozinha tenho o dobro. Mas a boa surpresa da limpeza foi o reencontro com os antigos objetos de cozinha que acabaram vindo aqui para casa que eram da minha avó. Cada um deles me traz tantas lembranças....alguns ainda estão em uso, como o fatiador manual, faço muitas batatas chips até hoje com ele, imagina se fico usando processador para isso. Apesar de que este cortador causa aflição no meu marido. Cada vez que ele me vê pegando o dito cujo ele sai de perto e diz: "não quero nem olhar....", de medo que eu fatie meus dedos junto com as batatas. Mal sabe ele que tenho experiência com esse negócio, uso há anos, desde pequena....

Olha ele aí.... tão velhinho e tão bom...

Tem também o batedor de claras, esse eu não uso mais, mas me lembro de ter batido muita clara em neve com ele e de ter visto muita clara sair dele para os bolos deliciosos que minha avó fazia. Tinha uma cobertura que ela fazia e que a clara tinha que ficar muito firme, então dá-lhe batedor....

Este é o batedor, tá bem acabadinho....

E outra coisa que não uso, mas que está sempre comigo, é a carretilha para fazer pastel. Essa era muito utilizada, a minha vó sempre fazia pastel de massa caseira aberta no rolo para o Natal e Ano Novo, como eram bons! Ela passava a manhã de domingo fazendo pastel e nós roubando massa, recheio e o próprio fritinho na hora. Dona Rita ficava doida. E o restinho da massa que não dava mais para fazer pastéis ela cortava em vários pedacinhos, com a carretilha que também era usada para cortar os pastéis em formato de meia lua, e fritava os pedacinho, para ir comendo como aperitivo. Delícia.


Carretilha para pastel

Este foi o último objeto que encontrei, a colher de pau, hoje com má fama na cozinha por acumular bactérias e fungos, mas é uma lembrança que acho que seja muito presente para muitas pessoas. Quem nunca via a avó ou a mãe usando uma dessas? A minha avó tinha três, eu fiquei com esta pequenina, que ela usava para fazer cremes em pouca quantidade. A de bolo era grande, nem sei com quem ficou.


A pequena colher de pau

Depois desse reencontro, decidi dar um lugar de destaque para os meus "equipamentos" de cozinha, vou emoldurá-los e deixar na cozinha, como uma lembrança sempre presente da minha infância e dos anos bons que vivi. Esses objetos me trazem muitas recordações, cada um deles tem muita história prá contar e merecem ficar em lugar melhor que no fundo de uma gaveta.


quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A arte da culinária japonesa

Hoje vou deixar aqui três videos de dois mestres em culinária descendentes de japoneses e, para nosso orgulho, brasileiros: a Mari Hirata e o Jun Sakamoto, com toda sua delicadeza, simbologia e arte.
Para quem não sabe, Mari Hirata é descendente de japoneses, paulista e dá aulas de culinária brasileira no Japão.
Jun Sakamoto é um dos sushimen mais reconhecidos do Brasil. Apreciem essas duas aulas de dois conhecedores.
Meus agradecimentos a esse povo que trouxe mais arte, sabor e beleza para o nosso pais. Arigatô!
(créditos: Programa Mais Você)








domingo, 9 de novembro de 2008

Pizza Bianca Romana

Escolhi esta pizza por ser uma receita muito conhecida em Roma. A pizza bianca é constituída simplesmente pela massa e coberta com azeite, alecrim e sal grosso. Existem variações desta receita, onde são adicionados queijo e alho. Fiz das duas formas e a minha pizza é diferente porque foi feita na máquina de fazer pão e uma delas foi "assada" na frigideira, um jeito rápido e diferente de fazer pizza.

Pizza Bianca

Ingredientes:
(para 2 pizzas)
(massa básica)

125 ml de água fria
5g de fermento biológico seco
Sal a gosto
3/4 de xícara (chá) de semolina de grano duro
1 xícara (chá) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de azeite
1 colher (chá) de sal
(cobertura)
5 colheres (sopa) de azeite
3 ramos de alecrim picados
2 colheres (sopa) de vinho branco seco (opcional)
1 dente de alho fatiado em lâminas finas
Sal grosso a gosto (escolha um sal grosso com cristais pequenos)
Parmesão ralado à gosto

Modo de Preparo: (massa) - coloque todos os ingredientes (menos o sal) na máquina de fazer pão, no ciclo amassar. Espere que a massa forme uma bola e então acrescente sal a gosto. Aguarde o tempo do ciclo, retire a massa da MFP e coloque sobre bancada polvilhada com semolina. Divida a massa em duas partes e reserve.

Pizza em Frigideira (montagem)

Separe 2 colheres (sopa) de azeite e metade do alecrim picado e frite-o neste azeite. Espere esfriar e junte 1 colher (sopa) de vinho. Reserve. Abra a massa em um círculo do tamanho da frigideira que for usar (sugiro uma frigideira grande com anti-aderente). Coloque cerca de 1 colher (sopa) de azeite na frigideira, esquente por cerca de 1 minuto e transfira o disco com auxílio do rolo de massa para a frigideira. Espere a massa fritar de um lado, ficando corada e vire a massa com auxílio de uma espátula. Deixe dourar. Passe com auxílio de um pincel culinário o azeite com o alecrim e salpique um pouco de sal grosso. Leve ao fogo para aquecer.


Pizza no Forno (montagem)

Abra um disco de massa e transfira com auxílio do rolo para uma forma de pizza de 30 cm untada com azeite. Ajeite a massa na forma, junte o azeite ao vinho restante e pincele a massa, salpique com alecrim, uma pitada de sal grosso, o alho picado e termine com o parmesão ralado. Leve ao forno quente até que a massa comece a dourar.


As pizzas ficam bem diferentes, conforme o jeito que foi feita. A massa feita na frigideira fica um pouco mais grossa e por isso mais fofinha. A massa feita no forno fica mais fina e crocante.
É um jeito diferente de fazer pizza, mas vale a pena experimentar.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Boas Notícias

É com um prazer enorme que coloco esta novidade quentinha aqui!!!! O Ragazze agora está no site da Cepêra. Consolidando esta parceria, a qual espero que traga muitos bons frutos.
Estamos muito felizes com esta iniciativa de empresa, que está apostando no nosso filhote, o qual cresce lindamente. Obrigada à Cepêra e a todos que colaboram para que para que o Ragazze continue crescendo.


Passem lá e vejam como estamos bem apresentadas...

sábado, 1 de novembro de 2008

A falta d'água e o bolo de aniversário.


No último dia 28 foi aniversário do maridinho e não podia deixar passar em branco. Dizem que depois dos trinta não se faz mais comemoração, mas eu não ligo para isso. Minha avó fez bolos para os filhos e netos a vida toda e por que não fazer? É sempre um momento feliz comemorar mais um ano de vida, por mais que isso traga anos a mais, mas a experiência que se ganha acaba compensando o aumento de idade.
E qual não foi minha surpresa quando decidi fazer o bolo e vi que não tinha água em casa. A minha vontade de fazer bolo se foi e uma súbita raiva tomou conta de mim. Tanto dia prá faltar água e tinha que ser neste dia? O pior, a torneira da cozinha só tem água da rua, não tem ligação com a caixa, então estava sem água mesmo. Liguei prá Sabesp tentando saber quando a água iria voltar e eles não sabiam informar, afinal nem sabiam que estava faltando água na minha região. Isso não é incrível?
Pois bem, fiquei o dia todo angustiada, não acreditei que a data iria passar sem um bolinho. Eu já tinha me preparado prá fazer um mega bolo, recheado, coberto, com tudo que tinha direito. Inconformada, olhei para a Helô e disse: "vou fazer um bolo, pronto". Ela me olhou com aquela cara tipo, tá, mas como? Eu sei que escolhi uma receita simples, sem muita frescura, bolo de chocolate. É o que ele gosta, aproveitei a batedeira e mãos à obra. Bati o bolo, coloquei no forno, fiz a cobertura, tudo sem água e sabe lá como, o que eu sei é que saiu e bom. Depois que o bolo estava pronto, a louça na pia, a água volta, só prá me deixar bem irritada. Parece pegadinha ou algo tipo, se vira nos trinta, vamos ver se você consegue. Mas no final deu tudo certo e o marido teve o bolinho dele. Com muitos elogios. Felicidades, amor!!!!!

Bolo de Chocolate
(receita da coleção Dona Benta - Livro 5)

Ingredientes:
(massa)
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
1/2 xícara (chá) de chocolate me pó peneirado com a farinha (eu usei Cacau)
2/3 de xícara (chá) de margarina (usei 1/2 xícara de manteiga)
1 colher (sopa) rasa de fermento em pó
11/4 de xícara (chá) de açúcar
3 gemas
3 claras em neve
1 xícara (chá) de leite
(cobertura)
100g de creme de leite
100g de chocolate meio amargo picado

Preparo: (massa) - Bata bem as gemas com o açúcar e a manteiga. Acrescente aos poucos a mistura de farinha e chocolate alternada com o leite e por fim, o fermento. Desligue a batedeira e coloque as claras em neve delicadamente. Despeja a massa em forma de furo central (25 cm de diâmetro) untada e enfarinhada e eleve ao forno quente pré-aquecido. Após 12 a 15 minutos, quando o bolo tiver crescido, diminua a temperatura para 180º C e deixe assar por mais 15 a 20 minutos (faça o teste do palito).
(cobertura) - Derreta o chocolate junto com o creme de leite em banho-maria e cubra o bolo frio.

Aproveitando, coloco aqui um presentinho da Lú, do Rosmarino e Prezzemolo, minha parceira no Ragazze.
A brincadeira consiste em postar3 livros que eu gosto/gostava e convidar mais 5 pessoas para participar da brincadeira. Esta brincadeira é em comemoração ao dia do livro. Data importante instituída no dia 29/10, deve ser lembrada diariamente. Afinal, segundo palavras de um dos mais famosos e importantes escritores brasileiros, Monteiro Lobato: "
Um país se faz com homens e livros". Incentive a leitura sempre que puder.


Meus livros escolhidos entre tantos são esses:

O Nome da Rosa

O Mundo de Sofia

Olhinhos de Gato
Deixo aqui para todos aqueles que me visitam, repassem e incentivem a leitura. Livros são tesouros.
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