quinta-feira, 31 de julho de 2008

Comida e música, desafio gostoso esse! Com Eine Kleine Nachtmusik, embalando as manhãs de domingo.

Mais uma vez foi bisbilhotando no blog da Akemi (vou muito lá sabe, tem tanta coisa boa...) que descobri essa idéia incrível da Simone Izumi, do Chocolatria. Achei brilhante e decidi participar. Eu sempre cozinho ouvindo música, é inspirador. Lendo o post da Akemi lembrei da músicas que eu ouvia nos anos 80. Época boa, mas como era difícil de conseguir uma música. Hoje é tudo tão fácil, é só escutar a música e ela já está no computador, no pen drive, no mp3. Quando eu era adolescente era difícil. Os famosos LP´s eram caros, eu só ganhava os meus de presente de natal. Foi assim que consegui a minha coleção do Duran Duran e do A-Ha, ficava ansiosa prá ganhar logo as bolachas e quase as furava quando estavam em minhas mãos, de tanto ouvir. O único disco que não consegui ganhar na época foi o The Police, o qual comprei em CD depois.
Mas eu precisava ouvir as música nos outros dias do ano, antes de ganhar os discos, e eu comprava fitas K7 virgens e começava a minha pirataria. Ficava como uma alucinada ao lado do velho rádio gravador da minha mãe (era um super aparelho na época...rs), esperando a música tocar, com a fita já no ponto, com o "pause" apertado (era só soltar e começava a gravar) e quase tinha um acesso de raiva com aquelas vinhetas horrorosas no meio da música. Acabavam com a minha gravação...rs
As músicas que fiquei mais contente quando consegui ter em disco são Matter of Feeling, do Duran Duran e Hunting High and Low, do A-Ha. Adoro essas músicas até hoje.
Mas depois de contar toda essa história devo dizer que as músicas que me fazem lembrar o prato escolhido estão muito longe dessas, aliás séculos longe... o prato que escolhi foi carne de panela com batatas coradas, uma das especialidades da vó, que fazia aos domingos prá acompanhar a macarronada. Ela começava a cozinhar cedo, afinal comida de nona demora prá ser feita, tem todo um ritual. A carne era temperada de véspera, ficava horas cozinhando no fogo baixo até ficar macia e junto estava o molho de macarrão (horas reduzindo). E enquanto isso acontecia a minha mãe colocava os seus discos de música erudita. Eu confesso que muitas vezes poderia ter um ataque, queria escutar as minhas músicas ou ver tv e mamãe estava lá, ouvindo Vivaldi e Mozart, dançando e cantarolando ao som dos disquinhos antigos. Existiam uns pesados, pareciam de ferro, credo que velharia! Ela ainda faz isso hoje e quem sofre é a minha filha..hahaha. Mas eu aprendi a gostar deste tipo de música e escuto de vez em quando, apesar de que quando isso acontece só faltam me bater (meio que como eu fazia com a minha mãe). Já falei do prato escolhido, agora deixo a música, na verdade as músicas, a primeira eu escolhi porque gosto dela e é de Mozart (esse é o cara!), Eine Kleine Nachtmusik e a outra é um tango que era um dos preferidos da vó, La Cumparsita (os tangos também apareciam em casa nas manhãs de domingo, ai...)

Carne de Panela Com Batatas Coradas
(Versão da Minha Avó, com minhas alterações)

Ingredientes:
1,5 Kg de coxão mole ou lagarto em peça
Sal, pimenta-do-reino, vinagre de vinho tinto (meia xícara chá) e alho para temperar
Óleo para fritar a carne
1 kg de batatas descascadas e cruas
Água o suficiente para o cozimento

Preparo: Temperar a carne de véspera, faça furos com a faca na peça de carne para que o tempero penetre. Deixe na geladeira temperado até o dia seguinte (colocar em um saco plástico com o tempero, para que esse envolva a carne). No dia seguinte, coloque de 3 a 4 colheres (sopa) de óleo em uma panela grande e frite bem a carne de todos os lados, ela deve ficar bem dourada, com a cor forte, isso é importante para que as batatas peguem essa cor depois. Acrescente o tempero na panela e coloque água até a metade da carne, espere ferver e abaixe o fogo. Mantenha uma chaleira com água quente e vá pingando está água na carne, conforme for secando. A carne também deve ser virada, para que cozinhe por igual. Esse processo pode acontecer entre 2 e três horas. Quando a carne estiver cozida, acrescente mais água, se necessário, junte as batatas e deixe até que as batatas fique cozidas e morenas e o caldo seque.

Minhas Dicas:
Quando estou com pressa, faço com bifes ou com a peça de carne na panela de pressão, após dourá-la. Deixo os bifes 10 minutos após pegar pressão e a carne entre 40 a 50 minutos. Espere sair a pressão da panela e teste, se estiver dura, deixe mais um pouco. A carne cozida lentamente fica bem mais gostosa, mas desse jeito quebra o galho.

Eu coloco shoyu no tempero da carne. Se fizer assim, cuidado com o sal.
Dá para substituir o sal por cubinhos de caldo pronto, existem uns com menos sal, com sabores diferentes, só experimentando prá saber qual combina com o gosto de cada um
Se a carne não ficar dourada como deveria, acrescente até 1 colher (sopa) de açúcar mascavo enquanto estiver fritando a carne, ajuda a dar cor, assim como o shoyu.
Cuidado com o cozimento das batatas, devem ficar inteiras, se cozinhar demais as elas começam a quebrar e o prato não fica tão bonito.
O sal e o vinagre podem ser colocados fora do tempero, depois que dourar a carne, pois eles acabam desidratando a mesma, mas a minha avó fazia desse jeito e sempre deu certo, então faço assim também.

terça-feira, 29 de julho de 2008

As dez mais...que difícil!

A Nana, minha amiga e parceira do Manga com Pimenta me passou esta tarefa difícil, escolher o Top 10 da minha cozinha. Eita desafio complicado!!!. Mas vamos a ele, as regras são as seguintes:
Publicar 10 fotos das comidas favoritas que você postou no seu blog;
Colocar o nome e link do blog da pessoa que nos indicou para o mimo;
Passar a oportunidade para outras 5 pessoas e deixar a mensagem, comentando nos blogs de cada uma.

And the Oscar goes to:

Bolo de Chocolate com Maracujá e Laranja

Bolo de Bananas

Pão de Mandioca

Macarrão Bicolor

Cinnamon Roll

Focaccia Italiana

Taça de Frutas

Pavê de chocolate Branco com Morangos

Salada de Batata da D. Rita

Vanderléia

Será que alguém percebeu a compulsão por doces...rs

As pessoas às quais irei indicar são:
Bela - http://pratosdabela.blogspot.com
Lú e Dri - http://rosmarinoeprezzemolo.blogspot.com
Mônica - http://pratos-e-travessas.blogspot.com
Isabel - http://receitinhasdabelinhagulosa.blogspot.com


Novidade, o nosso blog saiu do mundo das idéias!

Prá quem gosta de novidade, tem blog novo chegando prá ficar!!! O Quatro Ragazze Brasiliane Nella Cucina Italiana é o novo projeto meu e de mais três amigas blogueiras: a Nana (Manga com Pimenta), e a Dri e a Lú (Rosmarino e Prezzemolo).

Não é um blog só de cozinha (tem receitas, não se preocupem), mas pretendemos ter mais, resgatar histórias de família, cultura e turismo e, (surpresa), desafios. Aguardamos todos lá, contribuindo e ajudando a construir nosso blog.
Até breve.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Pudim de pão da minha avó - jeito gostoso de reaproveitar o pão que sobrou.


Mais uma participação para a semana do aproveitamento integral dos alimentos do blog Sabor, com um pudim de pão simples e delicioso. Essa é uma das receitas da minha avó que eu mais gostava. Quantas vezes a vó não guardava o pão que sobrava em casa. Aí juntava todos e fazia pudim de pão. Devo confessar que o meu não fica idêntico ao dela, em parte porque eu coloco coisas que ela não colocava, faço a base igual e vou acrescentando coisas. E tem também aquela coisa, esta receita não tinha receita, minha avó fazia "a olho", colocava os pães, o leite para demolhar o pão, na quantidade que ela achava que estava boa, e ia juntando os ingredientes, até ficar no ponto que ela queria. Eu também faço assim, mas tive que adaptar para poder colocar essa delícia aqui. Para quem está acostumado com pudim com calda, esqueçam. A minha avó nunca fez esse pudim com calda, pelo menos que eu me lembre. Mas ela colocava bananas, açúcar e canela por cima. Ele assava, o açúcar caramelava e ficava aquela calda de própria fruta por cima. Muitas vezes ela fazia até sem nada, ficava como um bolo. Como era bom o pudim de pão da minha avó.... e eu hoje tento reproduzir o sabor desses tempos, mas acho que nunca vou conseguir, ele está lá, envolvido nas mémorias da minha infância.

Pudim de Pão

Ingredientes:
(massa)
10 a 12 pães com casca (quem preferir pode tirar as cascas, eu uso inteiro) picados em cubos médios
4 colheres (sopa) de manteiga derretida
1 a 1,5 L de leite (o quanto baste para o pão ficar umedecido)
21/2 xícaras (chá) de açúcar
3 ovos
Farinha de trigo se necessário
Raspas de limão e laranja
Canela em pó a gosto
1 colher (sopa) de fermento em pó
(cobertura)
3 maçãs grandes ou 4 bananas
Frutas cristalizadas a gosto (opcional)
3 colheres (sopa) de açúcar (eu usei açúcar mascavo)
1 colher (chá) de canela em pó
Óleo para untar a forma
Farinha de trigo para polvilhar

Preparo: Pré-aqueça o forno a 180ºC. Coloque os cubos de pão em um recipiente grande e coloco leite para demolhar o pão. O importante é que o pão fique envolvido no leite, mas que não sobre muito leite, deve ficar uma massa de pão úmida. Juntar a manteiga e misturar. Bater os ovos ligeiramente e juntar à massa. Juntar o açúcar e misturar bem. Verificar o ponto, deve ficar como massa como de bolo, se estiver muito úmida, juntar mais farinha até que fique com liga. Juntar as raspas, a canela e o fermento. Colocar na forma untada e polvilhada com a farinha. Coloque as fatias (finas) da fruta escolhida por cima, polvilhe com açúcar e canela. Leve ao forno por cerca de 1h e 30 minutos (verificar ponto, deve estar dourado nas lateraise em cima, com o açúcar caramelado e enfiando um palito este deve sair seco). Esperar esfria e cortar em pedaços.
Este pudim tem um rendimento muito bom, para famílias pequenas melhor fazer meia receita. Em casa rende uma forma redonda de 30 cm de diâmetro e uma retangular número 2.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Campanha pelo aproveitamento integral dos alimentos - participe.

Estou republicando esta receita para participar da campanha do blog Sabor, da Fer Ayer. Em tempos de cuidados com o nosso planeta, respeito e comportamento ético com o outro, aumento da população com demanda crescente por alimentos em contraste com desperdício de um lado e fome de outro, essa campanha é realmente muito importante; ajuda a mudar conceitos e comportamentos, nos fazendo pensar em alternativas para evitar que comida e dinheiro (afinal, os preços dos alimentos só aumentam) sejam jogados fora. Bela iniciativa, Fer.


Brownie Saudável














Ingredientes:
85 g de chocolate meio amargo derretido
1 xícara (chá) de purê de cenoura
1/2 xícara (chá) de purê de folhas de beterraba
1 1/2 xícara (chá) de açúcar mascavo
1/2 xícara (chá) de chocolate ou cacau em pó
2 colheres (sopa) de margarina
2 colheres (chá) de baunilha
1 colher (café rasa) de canela em pó
2 ovos
1 xícara (chá) de aveia em flocos finos
1/2 xícara (chá) de farinha de trigo
1/2 xícara (chá) de uvas passas escuras
1/2 xícara (chá) de castanhas (eu usei uma mistura de amêndoas, castanha do pará e avelãs)
1 colher (chá) de fermento em pó
1/2 colher (chá) de sal

Preparo: Em primeiro lugar, preparar os purês: cozinhar os vegetais no vapor e torná-los purês em processador ou liquidificador. Neste último caso, picar em pedaços pequenos e acrescentar um pouco de água para facilitar. Misturar os purês, acrescentar o açúcar, o chocolate em pó, a maragarina, as farinhas e misturar bem. Juntar o chocolate derretido e misturar bem. Juntar o restante dos ingredientes, colocar em forma untada com óleo e polvilhada com farinha de trigo e levar ao forno 180 °C por aproximadamente 30 minutos.

Obs: Aqui vem a parte da saúde.
Não tenham receio de usar folhar de beterraba; no Brasil desperdiçamos muitas coisas e essa é uma delas. Tem vitaminas como A(crescimento e proliferação de células epiteliais), B1 (metabolismo de carboidratos), B2 (redução de oxidação), e minerais como cálcio (responsável pelo equilíbrio de vários sistemas corporais), ferro (prevenção de anemias), zinco (sistema imunológico, metabolismo de proteínas, enzimas e função sexual).

Fontes:
Guyton, AC, Fisiologia Humana e Mecanismo das Doenças, Ed Guanabara Koogan
http://pt.wikipedia.org/wiki/Zinco

Um bolo lindo...que foi para o lixo!

Prá quem passa sempre por aqui, sabe do quanto eu me irrito quando algo que faço não dá certo. Essa é uma coisa que realmente me tira do sério. Este bolo eu vi em um dos programas da Nigella (prá variar). Era um bolo de mexericas, tão rápido e fácil. Fui ao sacolão, comprei mexericas e já falei prá não comerem, aquelas eram do bolo. Aí tive que ouvir o de sempre: "vai gastar tudo no bolo?". Vou, pronto. Acontece que esqueci de um ingrediente, a farinha de amêndoas, mas eu não iria sair domingo à noitinha prá comprar isso, mesmo porque não iria achar. Então resolvi substituir a farinha (coloquei aveia e farinha de milho). Mas o problema do bolo não foi esse, acho que falta das amêndoas não influenciou nisso. O que deu errado foi a minha falta de senso, como sempre. As mexericas que a Nigella usou tinham casca bem fina (ela usou-as com casca e tudo) e as minhas eram ponkans cascudas, como não dei importância a esse detalhe? Enfim, o bolo ficou amargo e percebi isso com a massa ainda crua. Aí meu marido falou prá eu assar assim mesmo, "quem sabe não melhora?" Foi o que fiz e, como eu já sabia mas não queria admitir, não deu certo. Joguei o bolo todo fora, estava intragável. Aí eu ainda comentei com ele: "detesto quando não dá certo. Não gosto de jogar comida fora. Gastei todas as mexericas..."
E ele tentando me consolar: "tudo bem, o importante é que 90% do que você faz dá certo". Isso foi muito fofo, mas na hora da raiva não resolve muito. Bom, essa é a minha nova "casquinha de laranja", vou ter que tentar de novo e ver se dá certo. Não vou desistir tão fácil assim...

terça-feira, 22 de julho de 2008

Bolo de Sorvete da Nigella


Essa receita eu vi no programa da Nigella e depois comprei o livro e ela estava lá. A hora que eu vi aquilo descobri a sobremesa ideal para qualquer almoço de família. Fácil e do jeito que era feita, deliciosa. Decidi fazer a primeira vez no dia das mães, não estava com vontade de ficar horas fazendo doce na cozinha. Como faríamos o almoço em conjunto eu e minha mãe, levei parte do almoço para a casa dela e ela fez a outra parte.
A história começou no mercado. A receita, apesar de fácil, leva vários ingredientes. Não que eu ache que sejam tantos assim, mas meu marido foi ao mercado comigo, então ele falava: "nossa, que tanto você compra? Ei, mas isso vai sair a preço de ouro... Que sorvete é esse que precisa gastar tanto..." Eu vou seguindo e rindo, fazer o quê? Aí chego em casa, começo a fazer e ele do meu lado: pelo amor de Deus, prá que fazer isso com a bolacha, estraga tudo. Não faz isso com o chocolate, da prá mim que eu como. Essa Nigella inventa besteira e você faz, depois vai ter que jogar tudo fora"
Me digam se não é ótimo cozinhar na minha casa, dá prá ficar contente, né? Esse povo me aluga.....rs
Enfim, depois de tudo, com reclamação da minha filha porque usei todos os doces, saiu o tal sorvete. Freezer nele até o dia seguinte.
No outro dia fiz o que tinha que levar para a minha mãe rapidinho, (pausa para a calda de caramelo, que delícia, que perfume, adorei) e lá fui eu para o almoço de dia das mães, com tudo em mãos. Quando chego lá, minha mãe com um humor que só de olhar matava um, faltou água na casa dela, a cozinha estava uma zona, ela estressou e a comida estava dando errado. Ela ficou nervosa, falei que ela poderia ter ido para a minha casa mas o que estava feito, estava feito. A comida estava boa, minha mãe fez grão de bico que eu adoro, mas ela reclamou que não estava bom. Eu comi e achei ótimo. E de sobremesa, ah bolo de sorvete com calda de caramelo, perfeito. Minha mãe até comeu sem muita empolgação, mas a banda dos doceiros adorou. E para terminar disse para o meu marido, " agora você deveria ficar só olhando, depois de tanto falar na minha orelha".
Ele adorou o bolo, fiz outra vez depois dessa, ele foi ao mercado comigo de novo e nem reclamou. Comprou tudo e comeu tudo. Feliz da vida!


Bolo de Sorvete com Calda de Caramelo
(adaptado - Nigella Express)
Ingredientes:
(bolo)
2 litros de sorvete de creme
150g de biscoitos recheados de chocolate
100g de pão de mel coberto com chocolate
2 bombons recheados com caramelo e amendoim (eu usei este)
100g de amendoim coberto com mel (usei o nacional)
200g de gotas de chocolate (eu substituí por isto)
(calda de caramelo)
2 colheres (sopa) de manteiga
2 colheres (sopa) de açúcar
3 colheres (sopa) de açúcar mascavo
2 xícaras (café) de glucose de milho
Gotas de baunilha
125 ml de creme de leite fresco

Preparo: (bolo) - Colocar os biscoitos em um saco plástico, fechar e bater com martelo de carne para quebrá-los. Cortar o pão de mel e os bombons em pedaços pequenos. Colocar esses ingredientes na batedeira com o sorvete, juntar as gotas de chocolate e o amendoim. Bater para obter mistura homogênea. Colocar em forma coberta com filme plástico e levar ao freezer. Desenformar depois de 6 horas, enfeitar com calda, amendoim e gotas de chocolate.
(calda) - Colocar a manteiga, os açúcares e a glucose em uma panela, levar ao fogo e deixar até levantar fervura. Juntar a baunilha e o creme de leite e deixar ferver por mais 5 minutos. Esperar amornar para utilizar.

Dica: Deixe o sorvete alguns minutos fora do freezer antes de fazer a receita para facilitar na hora de bater com os outros ingredientes na batedeira.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Pudim de leite diferente

Há algum tempo atrás convidei minha avó Tereza e o seu marido Pedrinho para almoçar aqui em casa. Perguntei o que ela queria comer e ela, como sempre "qualquer coisa". Então fiz a lasanha que sempre dá certo e pudim de leite, outro clássico que não tem erro. Às vezes...
A lasanha ficou excelente, mas o pudim ficou com aquele leve cheirinho de ovo, não sei porque, fiz tudo como sempre. A minha avó comeu um pedaço e eu perguntei se estava bom. E ela disse: "é pudim de leite, né?". Não senti empolgação. Aí comi e senti o cheirinho que detesto. Foi quando ela me perguntou quantos ovos eu colocava no pudim. Coloco três, receita tradicional. E tive que ouvir: "essa mulherada não sabe cozinhar mesmo...".
Lógico, perguntei quantos ela colocava. A resposta: apenas 1. E como esse negócio com 1 ovo dá certo? O segredo, uma colher de sopa de amido de milho. Brilhante!
A minha avó me disse: não precisa nem tirar a película da gema, não fica com cheiro. E fica firme e mais gostoso.
Essa receita ainda não é igual a da minha avó, devo confessar que coloquei além de 1 ovo, 2 claras (havia feito um doce com 2 gemas, como sobraram, acabei usando), 2 colheres (sopa) de leite em pó e retirei a película da gema (prá ter certeza). Mas ficou com uma textura bem diferente e agradável. Sem cheirinho ruim. A próxima vez vou testar conforme minha avó falou. É, os mais velhos sempre tem algo a ensinar, bobo de quem não dá ouvidos...

Pudim de leite

Ingredientes:
(pudim)
1 lata de leite condensado
2 vezes a mesma medida da lata de leite integral
1 ovo + 2 claras (claras por minha conta)
1 colher (sopa) de amido de milho
2 colheres (sopa) de leite em pó (acrescentei)
(calda)
6 colheres (sopa) de açúcar

Preparo: colocar o açúcar em uma forma de anel e levar ao fogo para caramelizar (cor de guaraná). Espalhe a calda pela forma e reserve. Bata todos os ingredientes do pudim no liquidificador e coloque na forma. Leve para cozinhar em forno pré-aquecido 180ºC, em banho-maria por cerca de 50 minutos.
Dica: coloque água quente quando for cozinhar algo em banho maria. O tempo de cozimento fica menor.
Eu faço esse pudim em casa em panela de vapor.

domingo, 20 de julho de 2008

Desafio Intercâmbio Culinário Parte I - Caladinhos

Corrigindo a bobagem anterior, para quem não viu, vai esperar mais um pouquinho e para quem viu, vai ver de novo, tô meio lesada hoje...rs
O assunto do dia trata do Intercâmbio Culinário Brasil-Portugal, uma super idéia que tá fazendo as blogueiras se mexerem, sempre uma delícia do Brasil e outra de Portugal. Fiz uma doce parceria com a Bela, do Blog Pratos da Bela. A receita escolhida por mim foi de Caladinhos, um tipo de biscoito, segue abaixo:

Caladinhos

Ingredientes:
4 ovos inteiros
250g de manteiga derretida
250g de açúcar
700g de farinha de trigo
Raspas e sumo de 1 limão

Preparo: Misturar tudo e depois fazer bolinhas com as mãos ou com a ajuda de duas colheres. Levar ao forno, num tabuleiro forrado com papel-manteiga durante 10 a 15 minutos.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Pão de Coalhada e Mel

Ontem eu estava com vontade de comer pão feito em casa. Quentinho, deixando a casa com cheirinho bom. Mas estava com preguiça e decidi fazer na MFP. Escolhi a receita e comecei a fazer. Foi quando mudei tudo no meio do caminho, lembrei do pote de coalhada que estava na geladeira e pensei, "acho que pode ser uma boa oportunidade para usá-lo". Ganhei um pote de mel da minha avó e queria usá-lo também. Pensar que comecei a receita de bisnaguinhas e acabei com este pão. Ficou bem gostoso, com sabor suave, macio, matou a minha vontade de pão caseiro com pouco trabalho e muito sabor.

Pão de Coalhada e Mel

Ingredientes:
(esponja)
100g de farinha de trigo
100 ml de água
10g de fermento biológico seco
(massa)
1 copo (200g) de coalhada
3 colheres (sopa) de mel
2 colheres (chá) de sal
1 colher (sopa) de óleo
1 colher (sopa) de linhaça
1 colher (sopa) de gergelim
150g de farinha de trigo integral
200g de farinha de trigo

Preparo: Faça a esponja: misture os três ingredientes e deixe descansar por 15 minutos. Passado este tempo, coloque a esponja na MFP, junte o restante dos ingredientes e coloque no ciclo 1 (básico) da máquina. Foi este o trabalho que eu tive. Depois foi só passar manteiga e comer, sem pressa.

Dica: Para não errar, existem diferenças entre farinhas, portanto deixe sempre um pouco da farinha citada na receita separada (eu costumo deixar 100g) e vá adicionando aos poucos, conforme a massa pedir. O ponto na MFP é formar uma bola de massa, nem seca nem muito úmida. Se ficar seca, colocar água às colheradas até chegar no ponto e se se ficar úmida, proceder do mesmo modo, só que com farinha.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Hot Choconut

Fiquei sabendo do desafio do chá da tarde, promovido pelos blogs From our home to yours e Delishville através de um post da Akemi, fui ver do que se tratava e achei a idéia muito interessante. A cada mês um novo desafio relacionado ao chá da tarde, que é algo que gosto muito. O primeiro foi a bebida para o chá, o que prá mim complicou um pouco, não costumamos inovar nesta área, é sempre chá, leite, e no Brasil o café não pode faltar. Então fiquei pensando em algo quente (está bem frio ultimamente) e diferente. Foi quando tive aquele click, por que não misturar chocolate quente com coco? E foi o que fiz e batizei de Hot Choconut. É uma bebida com leite de coco, chocolate e coco ralado. Eu gostei muito do resultado, fica cremosa e com um sabor bem diferente. Esta será minha participação para o chá da tarde.


Hot Choconut

Ingredientes:

100 ml de leite de coco
350 ml de leite
50 g de chocolate meio amargo picado
2 colheres (sopa) de chocolate em pó
3 colheres (sopa) de açúcar
Coco ralado para polvilhar

Preparo: Coloque em uma panela o leite e o leite de coco e leve ao fogo até levantar fervura. Abaixe o fogo e adicione o chocolate em pó e o açúcar. Mexa bem, desligue o fogo. Acrescente o chocolate meio amargo e mexa até que esteja derretido. Sirva em xícaras de chá ou canecas e polvilhe a bebida com coco ralado.

Rendimento: 2 porções

Vanderléia

Meu marido compra aos finais de semana essa pão na padaria, porque ele adora, come quase sozinho. Aí dia desses, tomando café falei prá ele "preciso pegar a receita desse pão". É bom mesmo, está muito caro e às vezes não vem tão bom assim. Não é que na semana seguinte aparece na tv um rapaz fazendo a tal da Vanderléia? Imagina se não fiz no mesmo dia... ficou muito boa, melhor que a da padaria. A versão original é essa, do Rafael Barros, a minha foi modificada, pois fiz na máquina de fazer pão.

Vanderléia


Ingredientes:
(massa)
50g de fermento biológico fresco
2 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (sopa) de óleo
6 colheres (sopa) de farinha de trigo
250 ml de leite
3 ovos
1/2 colher (café) de sal
500g de farinha de trigo
(cobertura)
100g de coco em flocos
250 ml de leite
100 g de açúcar
3 gemas
1 colher (sopa) de amido de milho
50g de leite condensado
(gel de brilho)
250 ml de água
2 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (sopa) de amido de milho
2 colheres (sopa) de glucose
Essência de coco

Preparo: (massa) - Coloque todos os ingredientes no liquidificador (menos o sal e os 500g de farinha de trigo). Coloque essa mistura na MFP, acrescente a farinha (400g), coloque no ciclo amassar e vá acrescento o restante a medida que a massa pedir (na minha receita foi toda a farinha sem sobra). Retire da MFP ao fim do ciclo e abra a massa, corte em tiras, enrole as tiras e achate cada uma. Cubra com a cobertura. Asse em forno pré aquecido (170°C) até dourar (cerca de 15 a 20 minutos). Retire do forno e cubra com gel de brilho.
(cobertura) - leve o leite, o coco e o açúcar ao fogo até levantar fervura. Misture as gemas com o amido de milho. Colocar um pouco do leite fervente na mistura de gemas, mexer rapidamente e colocar na mistura de leite com açúcar e coco. Mexa até engrossar. Retire do fogo e junte o leite condensado. Coloque em uma travessa e deixe esfriar coberto com filme plástico em cima do creme.
(gel de brilho) - ferva a água com o açúcar, junte o amido misturado com um pouco de água e espere engrossar. Retire do fogo e junte a glucose e a essência. Utilize.

Este pão pode ser congelado por 30 dias.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Um pouco sobre mim...


Recebi este desafio da Bela (http://pratosdabela.blogspot.com/) e quero desde já agradecer a essa minha amiga blogueira tão especial. Beijokas Bela. O desafio consiste em responder a um pequeno questionário e enviar a mais blogs. Então vamos lá!

1- Um alimento que não gosto: jiló.
2- Nomear as três comidas preferidas: Lazanha, nhoque, pão, brigadeiro e pizza que eu amo. Não dá prá colocar só três.

3- A minha receita preferida: qualquer receita de pão
4- A minha bebida favorita: Vinho e Fanta Uva

5- O prato que sonho fazer: Gateau Saint Honoré e ultimamente pão sourdough
6- A minha melhor recordação de culinária: a primeira vez que fiz uma torta de palmito para o meu marido, na época namorado. Foi a primeira vez que cozinhei para alguém em especial e especial... que meigo isso, rs

Agora enviar para seis outros blogs, mas eu vou enviar para 5 apenas (um dos blogs tem 2 pessoas):
Nana: http://mangacompimenta.blogspot.com/
Lu e Dri: http://rosmarinoeprezzemolo.blogspot.com/
Filipa: http://receitasdafilipa.blogspot.com/
Monica: http://pratos-e-travessas.blogspot.com/
Nat:http://nutricaocomsabor.blogspot.com/

É tempo de morangos...


Esta foi a sobremesa que fiz no domingo, afinal almoço de domingo merece uma sobremesa especial. Só que a correria foi tamanha que almoçamos e saímos e só provamos essa delícia no jantar. A receita é deste site, de uma culinarista chamada Ana Maria Santão, mas eu modifiquei algumas coisinhas.

Pavê de Chocolate Branco com Morangos


Ingredientes:
(creme)
600 ml de leite
2 gemas
3 colheres (sopa) de amido de milho
100 ml de creme de leite uht
1/2 lata de leite condensado
1 barra (180g) de chocolate branco
(calda de morangos)
300g de morangos
4 colheres (sopa) de açúcar de confeiteiro
4 colheres (sopa) de rum
(montagem)
2 bolos prontos pequenos
300g de creme de leite fresco batido em chantilly

Preparo: (calda de morangos) - Reserve alguns morangos para decoração. Depois de limpos, amasse os morangos com um garfo e coloque em uma panela pequena. Junte o açúcar de confeiteiro e deixe ferver. Assim que ferver e o açúcar estiver dissolvido, desligue o fogo e coloque o rum. Espere esfriar.
(creme) - Ferva o leite junto com o leite condensado. Misture as gemas com o amido de milho. Coloque um pouco do leite sobre a mistura de gemas e mexa rapidamente. Coloque esta mistura no leite fervente e mexa até engrossar. Desligue o fogo e junte o chocolate picado, mexendo até derreter. Junte o creme de leite e utilize.
(montagem) - Pegue um dos bolos e esfarele sobre um refratário ou travessa de vidro. Cubra este bolo com metade da calda de morango e metade do creme branco. Repita a operação (bolo, calda e creme). Leve para gelar coberto com filme plástico encostado no creme. Decore depois de frio com o chantilly.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Casquinhas de laranja - o retorno - que desta vez deu certo!!


Devo dizer que, depois da última experiência (mal sucedida) com casquinhas de laranja, estava com certo receio em tentar novamente, mas a teimosia me impede de ficar quieta, e lá fui eu. Pedi para o marido guardar as cascas de laranja hoje após ter feito o suco e ele já me olhou com aquela cara de "vai dar errado". Mas guardou - as mesmo assim. O tempo hoje estava muito bom, estamos quase sufocados de tão seco que o ar está, há dias não chove em São Paulo, o que é bom para o doce e muito ruim para o aparelho respiratório. Bem, após o almoço, me coloquei a cortar cascas de laranja, fiz tudo como da outra vez e dessa, (ufa), deu certo. As casquinhas cristalizaram e ficaram como eu queria. A receita vem abaixo, e é da Luzinete Veiga. O bom dessa receita é que é muito fácil e rápida. O detalhe fica por conta do tempo, que não pode estar chuvoso ou úmido. O outro segredo é que o doce deve ficar muito seco ainda na panela.

Casquinhas de Laranja Cristalizadas


Ingredientes:
Cascas de 12 laranjas, fatiadas em tirinhas
Água o suficiente para aferventar as cascas
2 xícaras (chá) de açúcar
11/2 xícara (chá) de água

Preparo: Coloque as tirinhas de cascas de laranja em uma panela grande e cubra-as com água. Le ve ao fogo alto e quando abrir fervura escorras as cascas. Coloque as cascas novamente na panela, cubra com água e leve ao fogo novamente. Escorra e repita o processo mais duas vezes.
Coloque as cascas em uma panela grande com a água e o açúcar. Mexa até a calda secar e cristalizar. As cascas tem que ficar sem nenhuma calda, faça o teste apertando o doce contra a lateral da panela, se ainda estivar com calda não está no ponto. Quando estiver bem seco, coloque sobre um mármore ou superfície coberta com papel-manteiga e mexa até esfriar. Guarde em potes bem fechados. As casquinhas duram três meses.

sábado, 5 de julho de 2008

Goiaba e tofu, combinação muito boa!!

Desde que a Akemi colocou o desafio em comemoração aos 100 anos da imigração japonesa, não parei de pensar em formas diferentes de fazer receitas da culinária japonesa e utilizar produtos típicos com um jeitinho bem brasileiro. A invenção de hoje é bem simples, mas é uma sobremesa legal, principalmente para quem não está habituado a consumir tofu, que é um alimento prá lá de nutritivo.

Tofu com Doce de Goiaba


Ingredientes:
2 fatias de tofu
2 colheres (chá) de manteiga
(doce de goiaba)
1 goiaba vermelha cortada em cubinhos
4 colheres (sopa) de açúcar orgânico
1/2 xícara (chá) de água
3 cravinhos da Índia

Preparo: Comece pelo doce: coloque todos os ingredientes em uma panela e leve ao fogo médio até que a goiaba cozinhe e se forme uma calda caramelada (cerca de 10 minutos)
Coloque em uma frigideira anti-aderente a manteiga e deixe derreter. Coloque as fatias de tofu, frite até ficar dourado. Sirva com o doce ainda quente por cima.
Rendimento: 2 porções.


sexta-feira, 4 de julho de 2008

Que felicidade que é fazer macarrão que dá certo!!!

Engraçado alguém ficar feliz com algo tão simples quanto macarrão. Prá entender o porque disso, vou ter que contar uma historinha. Há muitos anos atrás, quando eu estava casadinha de nova (era assim que o povo dizia antigamente?) eu vi uma pessoa fazendo macarrão na tv. Nesta época os produtos italianos estavam ganhando espaço no Brasil, não era tão comum quanto é hoje encontrar massa de grano duro, quanto mais farinha italiana. As nossas farinhas não eram das melhores, acho, ou eu não sabia comprar farinha, apesar de já cozinhar ainda tinha uma relação não tão próxima da cozinha. Fazia o básico, me virava tranquilamente com o trivial. Mas nada tão profundo quanto a massa do macarrão. Parece até brincadeira, mas há ciência nisto. A escolha da farinha certa, o tamanho do ovo, o ponto, ah o ponto... isso pode acabar com a relação entre o cozinheiro e o alimento. E foi o que aconteceu comigo. Estava assistindo ao programa, a pessoa passou uma receita que não tinha nada de mais: juntar farinha, ovo, óleo, sal e amassar. Juntei tudo, amassei, estiquei e... não deu em nada. Horas gastas para fazer o almoço de domingo para o marido jogadas no lixo. Eu não sei até hoje o que aconteceu, se a farinha não era boa, se eu errei na medida, se a receita não foi das melhores, se errei o ponto, 0 que sei é que depois de aberta e cortada, fiz os ninhos de massa e ficou tudo grudado como uma argola enorme. Lembro que joguei na água quente prá tentar salvar alguma coisa e só piorou. Joguei tudo fora e fiz macarrão de pacote. Mas ficou aquela frustração, o que teria feito errado? O almoço perdeu um pouco do seu sabor. E eu nunca mais me arrisquei a fazer massa para macarrão. Comprei inúmeras revistas sobre o assunto, mas não me animava, pensava comigo: "vai que faço besteira de novo?". O assunto caiu no esquecimento. Aí vi várias vezes o meu muso inspirador na cozinha, Sir Jamie Oliver, fazendo macarrão como um alucinado. E era tudo tão fácil, farinha e ovo, misturar, verificar ponto, abrir a massa, cozinhar, fim. Me armei de coragem e disse, lá vou eu. Como já fiz várias receitas dele, fui na confiança. Ainda me atrevi a misturar farinhas. E, voilá, primeira etapa, ok. Cozinhei a "pasta". Nada de unidos venceremos. Segunda etapa, ok. Só faltava provar e, radiante de felicidade, perceber que fazer macarrão em casa é prazeroso de todas as formas. O sabor todo especial, muito diferente daquilo que comemos quando compramos a massa seca. A massa absorve o molho, fica muito bom mesmo. Só preciso aprimorar a técnica agora, achei que a massa poderia ter ficado mais fina e poderia cozinhar um pouquinho a mais. Mas nem isso tira o brilho da alegria de comer macarrão feito em casa, em plena sexta feira.

Tagliatelle Feito à Mão


Ingredientes:
(para 4 pessoas)
4 ovos
400g de farinha de trigo (use farinha de boa qualidade, eu usei metade de farinha de trigo e metade de farinha de trigo integral)

Preparo: Quando vi o Jamie fazendo, ele usou um processador. Colocou a medida de ovos e farinha e ligou. Foi verificando o ponto, que deve ficar como uma farofa grossa. Se precisar, colocar farinha aos poucos. Aí jogou na bancada, agregou tudo amassando e abriu com cilindro. Eu fiz a minha à mão, misturando e agregando em uma travessa. Quando estava razoavelmente misturado, joguei sobre a mesa e misturei até formar uma massa homogênea. Abri com o bom e velho rolo de macarrão, sempre polvilhando a bancada com farinha. Dividi a massa aberta em duas, enrolei como rocambole e cortei. Joguei um pouco de farinha na mesa, abri as fitinhas e misturei com a farinha para evitar que grudassem. Polvilhei mais um pouco de farinha ao final do processo. Cozinhar em água com sal ( 1 litro para cada 100 g de massa). Coloquei 3 colheres (sopa) rasa de sal. Cozinhei por 4 minutos, mas acho que ficaria melhor com 6 minutos.

O molho eu fiz assim:
2 colheres (sopa) de azeite
500g de patinho moído
1/2 cebola grande, picada
1 dente de alho, picado
1/2 pimentão vermelho, picado
1 cenoura, ralada no ralo grosso
1/2 colher (sopa) de aceto balsâmico
1 vidro de passata italiana (eu usei esta)
3/4 da medida do vidro de água.
Temperos a gosto ( sal, canela, orégano e pimenta do reino)


Preparo: Coloque o azeite numa panela de pressão, de preferência com anti-aderente. Coloque a carne e refogue até que esteja soltinha e cozida. Junte a cebola, o alho, o pimentão, a cenoura, o aceto balsâmico e mexa por 3 minutos. Adicione os temperos, a passata e a água. Mexa bem, feche a panela de pressão e cozinhe por 20 minutos, após pegar pressão. Retire do fogo, deixe perder a pressão e utilize.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Jantar de receitas emprestadas

Hora do jantar chegando e eu sem a menor vontade de fazer o de sempre, mesmo porque já havia comido o de sempre na hora do almoço. O bom e velho arroz e feijão, frango e mandioca frita e salada de alface. Sobrou um pouco de frango por fazer, fritura à noite, não, além da bagunça ainda pesado, difícil digestão. Definitivamente não ia dar. Estava com vontade de fazer há algum tempo a sopinha de abóbora que vi no programa do Jamie. Mas sopa de abóbora aqui em casa, não ia dar certo. Estava com tudo na geladeira, mas tinha que pensar em outra coisa para os outros integrantes desta família, que já estavam naquela "e aí, a comida vai sair?". Andei procurando por sites aqui e ali e achei o que eu queria: um arroz diferente, da Claudia - Comida & Bebida. Olhei, faltavam ingredientes, mas dava para improvisar. Feito, franguinho no forno, arroz rapidinho e a minha sopa, maravilhosa, quente e acolhedora. E que cor linda! Prá não dizer que fiz tudo com receitas emprestadas, o tempero do frango e os croutons eram meus. Todos satisfeitos, jantar feliz!

Arroz de Forno com Abobrinhas e Cobertura de Farofa Crocante (adaptado - Claudia - Comida & Bebida)

Ingredientes:
3 xícaras (chá) de arroz cozido
1 caixinha (200m) de creme de leite uht
1 colher (sopa) de parmesão ralado
(refogado de abobrinhas)
1 colher (sopa) de azeite
1 dente de alho, amassado
1 abobrinha cortada em cubos
2 tomates, picados
Sal a gosto
(farofa crocante)
11/2 xícara (chá) de pão francês amanhecido, ralado
1 ramo de alecrim
2 colheres (sopa) de azeite
1 dente se alho, picado
Sal a gosto

Preparo:(farofa) - Aqueça uma frigideira anti-aderente média e coloque o azeite para esquentar. Em seguda, coloque o alho e as folhas de alecrim. Deixe por 1 minuto, junte o pão e frite por mais 2 minutos, mexendo sempre (até ficar com um tom levemente dourado). Reserve
(refogado de abobrinhas) - Coloque em uma panela o azeite para aquecer, junte o alho e refogue até murchar. Junte a abobrinha e o tomate, refogue por 5 a10 minutos, retirando com a abobrinha "al dente". Temper com sal e reserve.
(montagem) - Misture o refogado de abobrinhas , o creme de leite e o parmesão ao arroz. Coloque em um refratário, cubra coma farofa crocante e leve ao forno pré-aquecido (200°C) por 15 minutos ou até aquecer o arroz. Sirva a seguir.

Sopa de Abóbora do Jamie

Ingredientes:(meia receita)
1 1/2 Kg de abóbora moranga com casca (usei cabochã e seca sem casca)
1 cenoura
1 dente de alho amassado
1 talo de aipo picado grosseiramente (usei 1/2 alho poró)
1 cebola roxa, picada (usei 1 cebola branca)
1/2 colher (sopa) de azeite (usei 1 colher (sopa))
Alecrim, sal e pimenta a gosto
1 litro de caldo de frango (eu tinha só 1/2 litro, completei o restante com água do cozimento da mandioca, que sempre tenho em casa congelado e 1 cubo de caldo de galinha light)
(crouton) - 11/2 pão francês amanhecido cortado em cubos, 1 colher (chá) de orégano, 1 dente de alho picado, 3 colheres (sopa) de azeite.

Preparo: Cortar a abóbora em pedaços grandes. Tirar a casca (caso não seja moranga). Colocar o azeite na panela de pressão, juntar a cebola e o aipo (no meu caso alho poró). Juntar a cenoura, o alho, a abóbora, o alecrim, o sal e a pimenta (coloquei também o cubo de caldo de galinha nesta hora). Juntar o caldo e fechar a panela de pressão. Deixar 6 minutos após pegar pressão. Retirar do fogo, deixar sair a pressão e bater no liquidificador. Servir com croutons.
(croutons) - Levar o azeite para aquecer em uma frigideira. Juntar o alho e fritar um pouco. Colocar o orégano e o pão e ir mexendo até que os cubos de pão dourem. Não deixar o alho fritar demais, para não ficar amargo.


terça-feira, 1 de julho de 2008

Chá verde, chá preto, matcha...

Andando por aqui e ali, durante este quase 1 mês de blog, tenho visto muitas receitas utilizando chás japoneses. Matcha, sincha, bancha, chá verde, chá branco, são tantos tipos que acabou causando alguma confusão por aqui. Não sabia o que era o que, prá que servia, quais os benefícios. Pensando na minha confusão e que outros podem estar passando pelo mesmo problema, decidi pesquisar e escrever um pouco sobre o assunto. Não tenho a pretensão de fazer um tratado científico, só mesmo tentar conhecer um pouco mais deste mundo ainda desconhecido para os ocidentais.

Para começar a falar de chá, é preciso saber de onde vem. Os chás são produzidos a partir de folhas de uma planta chamada Camellia sinensis (em latim, significa camélia da china).
Originalmente recebeu o nome de Thea sinensis, que caiu em desuso após a verificação que este tipo de vegetal era muito semelhante aos vegetais da família das camélias. Então o nome da planta foi modificado, colocando no lugar de Thea, Camellia, que é o nome da família deste vegetal. A planta é uma árvore que pode chegar a 15 metros de altura, e é nativa das florestas do nordeste da Índia e sul da China.
Na verdade, o chá é a infusão das folhas desta planta.

Os chás produzidos a partir da Camellia sinensis recebem classificações diferentes devido aos diferentes modos de processamento a que são submetidos. A partir do momento em que as folhas da Camellia são colhidas, rapidamente começam a oxidar. As moléculas de clorofila vão se quebrando e as folhas vão escurecendo. A intenção é parar esse processo de oxidação para a obtenção dos diferentes tipos. Vale lembrar que a palavra usada neste processo é fermentação, mas na verdade a fermentação é a transformação através de microorganismos, o que de fato não acontece com as folhas de Camélia sinensis. A partir daí, os métodos de produção transformam as folhas em quatro tipos principais:

Chá Branco: folhas retiradas do arbusto quando este está com flores em botão, não sofrem o efeito da oxidação. Possui sabor mais suaves que os outros tipos, é considerado refrescante. Possui propriedades que colaboram com o retardo do envelhecimento (graças ao tanino presente em suas folhas), possui cafeína e é considerado auxiliar na redução de peso, por acelerar o metabolismo. Também há estudos de sua ação como anticancerígeno, diminuição das taxas de LDL (colesterol ruim)

Chá Verde: entra em oxidação, mas esta e suspensa pelo método de aplicação de calor úmido (vapor) - método tradicional japonês ou em bandejas quentes (método tradicional chinês). Possui cafeína, tem um sabor levemente amargo e basicamente as mesmas propriedades do chá branco.

Chá Oolong: de oxidação média, seu sabor, segundo especialistas, está entre o chá verde e o chá preto. Possui também menos cafeína que o chá preto e mais que o chá verde.

Chá Preto: também conhecido como chá vermelho (tradução do chinês), as suas folhas são colhidas e passam horas secando e submetidas o oxidação. A perda de água e a exposição ao oxigênio fazem com que a cor das folhas mude, o que remete à origem do seu nome.É o mais consumido no mundo e o que possui maior concentração de cafeína.

Outras Classificações:

Chá de plantação coberta: também conhecidos como Tencha, são chás produzidos em plantações parcialmente cobertas do sol. Estão nesta classificação o Giokuro (enrolado e processado - considerado o mais nobre dentre os chá de folhas enroladas), Matcha (produzido a partir de tencha triturado) e o Kikucha (feito com folhas e galhos restantes da colheita do giokuro, tostado a seco sob fogo).

Chá de plantação descoberta: feitos a partir daquilo que sobrou da colheita, com exposição solar. São de preparo mais fácil e muito consumidos. Estão entre esses o Sencha (enrolado e processado - quando de primeira colheita é conhecido como sincha -
novo chá ), Bancha (é o sencha colhido entre o verão e o outono, com sabor característico, possui menor quantidade de cafeína que outras variedades), Genmaicha (mistura de chá com arroz torrado), Hojicha (produzido a partir da mistura entre bancha e sencha ou kukicha, torrados)

Outros tipos:
Pu-ehr - chá oxidado, fermentado (ação de bactérias) e envelhecido.
Chá amarelo: chá processado como o chá verde, com um tempo mais curto de secagem. Considerado um chá nobre.

Curiosidades:
Segundo a história o hábito de tomar chá surgiu por acidente, quando o imperador chinês Shen Nong , após um acidente que sofreu realizando um experimento, o que lhe causou uma intoxicação gatrointestinal
, derrubou sem querer plantas sobre uma xícara de água fervente. O aroma vindo da xícara chamou sua atenção e ele acabou bebendo a mistura. E se curou da enfermidade provocada pelo experimento.

O hábito tão enraizado na cultura inglesa de tomar chá surgiu com uma portuguesa. Catarina de Bragança, filha de D. João VI, casou-se com Carlos II, inglês, e levou com ela uma arca de chás chineses, iniciando, desta forma, o consumo na corte inglesa.

Dica de preparo do chá verde:

Leve a água ao fogo e desligue antes da água ferver;
Coloque a água sobre as folhas (em bule ou caneca) e tampe por alguns minutos (costumo deixar 3 minutos)
O melhor é tomar o chá verde sem adoçar, se for adoçar, use mel (1 colher chá) ou açúcar mascavo, mais naturais.
Cada um tem a sua proporção de chá verde, eu uso 1 a 2 colheres (chá) das folhas para 250 ml de água.
O melhor mesmo é usar as folhas de chá e evitar os chás de saquinho.

Fontes de pesquisa:
http://pt.wikipedia.org
http://revistavivasaude.uol.com.br
http://www.linhabioslim.com.br
http://cha.web.simplesnet.pt
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